Yo ya no soy, yo soy un pueblo.*
Uma dificuldade para os cientistas políticos:
identificar com clareza um populista.
Todos sabem ser o populista um demagogo.
Com palavras, busca conquistar simpatizantes e solapar instituições.
Os populistas mostram-se endêmicos na América Latina.
No entanto, a partir deste Século XXI, tornaram-se presentes por toda a parte.
Onde existem instituições democráticas, eles se apresentam aos pleitos.
Com suas arengas, conquistam votos.
Depois, todos sabem o que acontece.
Agarram-se ao Poder.
Avançam por todos os espaços.
O tema – populismo – tornou-se recorrente na literatura especializada.
Colocou-se como objeto de análise em trabalhos acadêmicos.
Um autor mexicano, Enrique Krauze, em cuidadoso texto, se deu ao trabalho de arrolar o
Decálogo do Populismo.
Pela contemporaneidade e cuidado na elaboração, o mencionado Decálogo merece ser difundido.
É o que se faz, a seguir:
Decálogo do populismo.
1. O populismo exalta o líder carismático.
2. O populista usa e abusa da palavra: se apodera dela.
3. O populismo fabrica a verdade.
4. O populista, em sua variante latino americana, utiliza do modo discricionário os fundos públicos.
5. O populista, uma vez mais em sua variante latino americana, reparte diretamente a riqueza.
6. O populista promove o ódio de classes.
7. O populista mobiliza permanentemente os grupos sociais.
8. O populismo busca um “inimigo exterior”.
9. O populismo despreza a ordem legal.
10.O populismo mina, domina e por último domestica ou cancela as instituições e liberdades democráticas.
Alterações, observações e acréscimos podem ser feitas às dez regras formuladas acima.
Certamente, porém, elas permitirão uma oportuna reflexão sobre o tema.
Ele está presente por toda a parte.
Não há sociedade imune à corrosão populista.
O Brasil não se encontra imune.
Referências.
Krauze, Enrique – El Pueblo soy yo – Debate – Mexico – 2018.
*Hugo Chávez