Cláudio Lembo
Lá, no século em que nasci, usava-se o lápis ou a velha caneta com pena de molhar no tinteiro para se escrever. Depois, veio a máquina de datilografar, antes mecânica e muito depois elétrica.
De repente, chegou o computador e dele para a internet foi um passo. Assustaram as gerações de ontem as novas maneiras de escrever e de transmitir o pensamento.
A primeira – e grande dúvida – consistiu em saber que fim teria a palavra impressa. O computador armazena tudo e leva o conteúdo a todas as partes do antes imenso mundo. Para que, então, registrar o pensamento pela via expressa?
Boa pergunta permite boa resposta. A escrita faz parte do inconsciente das pessoas. O papel, leve, pesado, áspero ou liso, cria uma interação com quem o manuseia. Leva a uma cumplicidade.
É assim. Mas ninguém foge à realidade e esta aponta para as formas digitalizadas de expressão da vontade. Assustam, mas se tornaram indispensáveis.