UMA NOITE VERDE E AMARELA | CEPES
Afonso Celso, o autor do clássico livro sobre o ufanismo, estaria feliz se estivesse na cerimonia de início dos Jogos Olímpicos Rio – 2016.
A belíssima apresentação de abertura encheu os olhos e os corações de brasilidade. Nada de complexo de inferioridade. Ou de falsa superioridade.
A Brasil foi exposto com singeleza e como ele é: de todas as cores. Negros, brancos e amarelos desfilaram, em rápido, esboço histórico.
As eventuais críticas poderão se apresentar como algo inteiramente acessório. O principal merece exaltação.
Há muitos pontos altos na cerimonia que foi assistida por milhões em todo o Mundo.
Um, porém, deve merecer registro expresso.
A execução do Hino Nacional Brasileiro por Paulinho da Viola, acompanhado por pequeno coral.
Foi momento exemplar do acontecimento.
País pacifista, que se orgulha das etnias que formam a nacionalidade, o Hino cantado com singeleza retratou por inteiro o Brasil.
Nada de grandes orquestras. Bandas sinfônicas. Corais de centenas de vozes.
A simplicidade plena de um brasileiro, seu violão, e a multidão ao seu redor.
Só este momento, para nós brasileiros, já valeu por todo o grande e belo instante da instalação dos jogos nesta América do Sul.
Pena que alguns órgãos da imprensa esqueceram-se de registrar aquele momento único de vibração da nacionalidade.
Alguns jornalistas brasileiros parecem sentir-se envergonhados por registrar e demonstrar amor à Pátria.
São universalistas (sic).
Enganam-se.
Não viram com olhos de ver o desfile das delegações.
Todos os povos têm orgulho de seus símbolos e valores.
O público presente, no já histórico Maracanã, vibrou e acompanhou Paulinho e sua viola com vibração e lágrimas nos olhos.
Seria oportuno que algumas redações de veículos da imprensa optam-se por oferecer um pouco de vibração nos momentos positivos da nacionalidade.
Deixem as críticas para os oportunidades próprias.
Esqueçam suas idiossincrasias.
Abandonem a aparente vergonha por serem brasileiros.
Há momentos de censura necessária e há instantes de se recolher os atos positivos da sociedade.
O dia 5 de agosto de 2016 pode ser registrado como uma boa demonstração da inteligência nacional.
Criticá-la aponta para a pitada de inveja.
Uma intolerância inoportuna.
Um espírito imbuído por noções incivilizadas.
Rio de Janeiro, parabéns pela espetáculo político e pela lição que deu a todos os povos do Mundo.
É preciso salvar o planeta.
Esta foi a mensagem maior de todo o evento.
Não é pouco.