Arquivos anuais: 2014


LINCHAMENTO MORAL

O cenário eleitoral é tão extravagante. Encobre situações reais da vida cotidiana. Ou, em passe de magia, amplia episódios costumeiros sem qualquer conteúdo de maldade.

 

Em Porto Alegre, uma jovem fanática por seu clube de futebol, no meio de um difícil jogo, lança palavras tolas contra um goleiro. Coisa comum em campos de futebol.

 

Não havia – é só ver a expressão da jovem – intuito agressivo, apenas torcida irracional. No entanto, o episódio – certamente lamentável – foi levado ao extremo pelos meios televisivos de informação.

 

Aqui cabe a pergunta: quem agiu pior? A jovem ingênua e fanatizada pela camisa de seu clube ou os meios de comunicação, que tornaram, uma situação banal nos estádios, em um assunto permanente?

 

Há ainda uma outra face do tema. É razoável transformar uma jovem de vinte anos em figura execrável para toda uma sociedade? Na amplitude da cobertura, seguramente, ocorreu dano moral.

 

Não se pode denegrir a imagem de uma pessoa por um ato impensado praticado no interior de uma arena esportiva, onde todas as liberdades acontecem. Por mais censuráveis que sejam.

 

Agiu mal e muito mal a jovem. Agiram pior muito pior os meios televisivos de comunicação ao expor continuadamente a imagem da jovem por toda a parte e por todo o tempo.

 

Foi um ato inaceitável o praticado pela torcedora. Será analisado e julgado pelo Poder Judiciário. É ilegal e inoportuno. Mas, o linchamento moral, tal como o linchamento físico, não pode ser admitido.

 

A sociedade brasileira está exausta. Já não admite mais equívocos por parte de nenhum ator social. O torcedor fanatizado ou o veículo de comunicação são partes deste todo.

 

Uns não podem ser expostos sem limites e outros não podem se aproveitar de um mau acontecimento para – também sem limites – denegrir a imagem de uma pessoa.

 

Não há limites nas atividades informativas. Os raros códigos éticos dos veículos de informação não são respeitados sequer por seus autores. Um verdadeiro pântano esta presente neste setor importante da sociedade.

 

A liberdade é essencial para o bom desenvolvimento da democracia. A libertinagem fere os valores médios da comunidade. A imagem de uma pessoa – por mais repugnante que sejam seus atos – não pode ser lançada nas telas ilimitadamente.

 

Há parâmetros para a atuação de cada segmento da sociedade. Não podem alguns, sob o pretexto da liberdade, violar a dignidade pessoal de alguém debaixo do manto da livre informação.

 

A jovem de Porto Alegre e o sensível goleiro, sem saber, lançaram luzes para um cenário presente todos os dias nos informativos da televisão. Figuras humanas expostas sem qualquer respeito aos mais elementares princípios de convivência.

 

Defendeu-se uma boa tese – a luta contra o racismo – esqueceu-se a preservação da dignidade da pessoa. A jovem torcedora é – em sua irracionalidade – a demonstração do desamor às pessoas que avançam por todo o País.

 

É preciso dar um basta aos linchamentos morais.


INSUPORTÁVEL

Nada mais exaustivo que uma campanha eleitoral. A cidadania se mantém perplexa perante tantas informações desencontradas. Debates sem oração principal.

 

Alguns andam pelas ruas coletando assinatura para a instalação de uma Assembléia Nacional Constituinte específica para a realização de uma reforma eleitoral.

 

Não existe a possibilidade de uma Constituinte exclusiva. Ela, caso convocada, terá competência para a alteração de qualquer tema constitucional.

 

Não pode se circunscrever apenas a assuntos eleitorais. Ainda por que os problemas existentes na sociedade brasileira não se encontram nos mecanismos eleitorais.

 

Eles estão presentes na má qualidade da representação política. Na fragilidade orgânica dos partidos e conseqüente má escolha dos candidatos.

 

Não há por parte das agremiações nenhuma preocupação com a implantação de uma escala de valores morais. Vale tudo em matéria ética. Um horror.

 

Não se formam gestores dos negócios públicos. As campanhas são vazias exposições dos figurantes. Nenhuma idéia concreta sobre a arte e a ciência de governar.

 

Os mesmos erros corriqueiros quando da redemocratização se repetem depois de tantos anos de plenitude da liberdade. Os lideres se mostram vazios e novas personalidades não surgem. São sempre os mesmos.

 

A desmoralização do processo eleitoral parece ser proposital. É possível que alguns atores desejam uma quebra da democracia. A tratam tão mal. Só pode ser proposital.

 

Os programas dos inúmeros partidos – são trinta e dois – se parecem ou repetem velhos chavões do passado. É melancólico constatar que, após tantos fracassos, ainda existam tantos partidos extremistas no Brasil.

 

Há para todos os gostos. Só que atuam de maneira superficial. Tomam de antigos chavões e os repetem enfadonhamente. É um pandemônio da pior espécie.

 

O observador estrangeiro deve ficar perplexo perante o que vê neste País tropical. Parece um museu de antropologia. As mais superadas idéias-forças se encontram ativas no panorama pátrio.

 

Que lastima. Os partidos transformaram em pequenos balcões – salvo exceções raras – onde se fala de tudo, salvo do fundamental: a solução efetiva das questões existentes nas comunidades.

 

As direções partidárias não fiscalizam seus candidatos aos parlamentos e a apresentação destes, no rádio e na televisão, por vezes, torna-se hilariante.

 

Hilariante, porém trágico. As candidaturas expostas pretendem dirigir o Estado e o País. Não se mostram preparadas para tanto. Certamente, teriam mais sucesso em um picadeiro.

 

Já se disse que o brasileiro nasce, abre os olhos, vê a natureza em festa, pensa que esta em um circo e torna-se um palhaço. Isto pode valer para alguns. A grande maioria da população se revolta.

 

Há uma canseira cívica no ar. O eleitor consciente se acha ultrajado. Amargurado. Já não sabe a quem recorrer. Perdeu a esperança nos partidos.

 

Este é o risco. A sociedade está à beira do precipício. Vai decaindo a cada dia como sociedade civilizada. Os partidos precisam ser contidos na volúpia de poder e na ação caricata de seus membros.

 

Não dá para suportar o insuportável.


SEMPRE POLÍTICA

As campanhas eleitorais brasileiras sempre surpreendem. Particularmente as presidenciais. Surgem figuras exóticas vindas dos mais estranhos desvãos da sociedade.

 

Agitam. Oferecem mensagens utópicas. Agem com uma descontração capaz de perturbar o mais desinibido dos mortais. Pelo carisma de suas personalidades criam ondas populares avassaladoras.

 

Levam, em sua passagem, velhas estruturas políticas. Partidos consolidados. Pensamentos elaborados em muitos séculos. Devastam situações consolidadas.

 

Entre estas figuras de aluvião, há exemplos marcantes na História pátria. Um, na busca do Poder perene, renunciou no Dia do Soldado. Outro, após sacar as poupanças dos cidadãos, foi alvo de um processo de impedimento.

 

São apenas dois exemplos. Ambos, contudo, custaram caro às finanças nacionais e muito mais à democracia brasileira. As aventuras sempre têm um alto preço na vida política dos povos.

 

Toda personagem que se apresenta como um novo messias leva a veredas altamente perigosas. Basta recordar no plano europeu apenas dois figurantes expressivos: Hitler e Mussolini.

 

A burguesia alemã e a italiana apoiaram inteiramente a presença dos dois governantes. Era o novo que chegava à política. Não transigiriam com os velhos partidos. Nem sequer com as mais conspícuas personagens.

 

O fascismo e o nazismo era o novo que chegava ao mercado político. Desejavam mudar os costumes e as filosofias até então vigentes. Era preciso começar tudo de novo.

 

Foi um drama social jamais visto pela humanidade. A Alemanha acabou destruída pelos aliados. A Itália caiu na mais amarga depressão. Fascismo e nazismo ruíram como castelos de cartas.

 

Agora, no Brasil se fala em “nova política”. Não há nova política no cenário doutrinário da humanidade desde Aristóteles. Podem conferir roupagens novas à política.

 

A sua essência, porém, permanece idêntica com qualquer aspecto externo. A última grande experiência do novo em político foi apresentada por Maquiavel.

 

O sábio florentino apontou para a área nodal da arte e da ciência da Política. Demonstrou como o homem é pérfido e a impossibilidade de se confiar, portanto, nos que rodeiam os detentores do Poder.

 

Não há como somar permanentemente as pessoas em torno de um mesmo objetivo. Na caminhada, ocorrerão defecções e, o pior, traições inesperadas.

 

É, pois, amargo se assistir pelo rádio e pela televisão personalidades expondo que somaram todas as pessoas. Unirão todos os políticos em torno de uma única liderança.

 

Se fosse tão fácil, não teriam existido tantas revoluções, golpes, pronunciamentos, guerras na busca de um só pensamento. Toda utopia acaba em tragédia

 

A humanidade ocidental parece ter aprendido a dura lição da História. Os brasileiros continuam a acreditar em contos de fada. Vai dar lobo mau. É só esperar.


PALAVRAS CUSTAM POUCO

Quem acompanha o horário eleitoral, pode recordar ensinamentos de nossos antepassados. Diziam, em suas comédias de costumes, uma frase exemplar: “Palavras custam pouco”.

 

Os candidatos, a todos os cargos eletivos, oferecem um cenário utópico e comovente pela bondade das dádivas apresentadas. Saúde, educação, infaestrutura e até água oferecem no futuro.

 

Não se sabe se é o futuro próximo ou remoto. Pouco importa. Ele, em qualquer hipótese, está distante. Se as promessas serão ou não cumpridas é outro assunto.

 

É empolgante a apresentação do plano de governo de cada candidato à Presidência da República. Os elaboradores falam como se tudo fosse fácil no campo administrativo.

 

Basta a vontade política do eleito e, por um passe de mágica, uma nova realidade surgirá. Ledo engano. A máquina administrativa é cruel. Domina todos os recantos dos serviços públicos.

 

É permanente. Os servidores concursados gozam de regalias que nenhum governante é capaz de alterar. Fazem o que é oportuno, não o que deseja o titular transitório do Poder.

 

É ingênuo afirmar, como fazem alguns assessores dos candidatos, que tudo ocorrerá bem porque o seu escolhido possui dotes diferenciados. Um pouco mais de humildade iria bem nas falas dos auxiliares.

 

Alguns deles se colocam na posição do próprio candidato. Não possuem qualquer censura. Só auto-estima. É uma estranha campanha a em curso. Nunca se viu planos de governo expostos antes da fala do candidato.

 

Ocorre no Brasil, onde a volúpia da palavra encobre as verdadeiras intenções. Fala-se desesperadamente. Pouco importa as conseqüências. Vale aparecer.  E quanto mais, melhor.

 

Se esta é a situação no campo majoritário federal, mais estranha é apresentação dos candidatos aos postos parlamentares. Alguns partidos não tiveram nenhum pudor em apresentar figuras bizarras.

 

Nomes de fantasia que ofendem a mais mediana inteligência. Um achincalhe. Frustra quem imagina ser possível fazer política com decência. Acredita que a política se constitua em uma ação pedagógica.

 

Ao contrário, a atual campanha, após tantos anos de democratização, gera uma profunda angústia nas consciências cívicas dos cidadãos. Muitos lutaram em busca da democracia.

 

Pensavam possível alcançar um porto seguro. Nele os debates seriam elevados. Os figurantes qualificados. O eleitor aprenderia e poderia aquilatar o conteúdo das exposições dos candidatos.

 

Nada disto. Pior que os tempos da chamada Lei Falcão, quando apenas retratos, acompanhados de currículos, eram expostos aos telespectadores.

 

Aprende-se, na presente campanha eleitoral, que é impossível conviver com trinta e dois partidos políticos. Forma-se uma verdadeira pantomima.

 

Um circo com alguns se assemelhando a maus palhaços.

 

É lastimável. Até outubro, a sociedade tem que suportar este sorvedouro de dinheiros públicos. A campanha eleitoral gratuita pelo rádio e pela televisão.

 

Cabe lembrar o Supremo Tribunal Federal que, em má hora, derrubou a cláusula de barreira ou desempenho elaborada pelo Congresso Nacional. Agiu com um purismo exagerado em defesa das minorias.

 

Sacrificou a democracia. Permitiu a prevalência dos maus sobre os mais razoáveis.

 

Uma pena.


O POLÍTICO E A MORTE

A dramaticidade dos acontecimentos ocorridos no último dia 13 de agosto, na cidade de Santos, permite divagações sobre a existência humana e o imponderável.

 

Sete pessoas – ainda em momento ativo de suas vidas – foram pilhadas pela morte de maneira violenta. Sem qualquer possibilidade de um gesto em busca da preservação da vida.

 

As parcas são violentas. Agem sem previsibilidade. Quando tudo parece seguro e administrável, elas surgem e agem com violência sem limites. Impiedosamente.

 

Foi assim na última quarta-feira. Um simples e banal vôo entre duas cidades do litoral do sudeste, de natureza corriqueira, apesar dos riscos inerentes ao campo de pouso do Guarujá, ceifou vidas.

 

A beleza cívica de uma campanha eleitoral, em segundos, transformou-se em tragédia não anunciada. Não foi exceção. Ao contrário, a busca dos objetivos, sem medir riscos à integridade física, é próprio do político.

 

Em sua missão de levar esperança e novas idéias à sociedade, o político, por vezes, sente-se capaz de tudo e de vencer quaisquer desafios, inclusive os impostos pela natureza.

 

Não importa ao político, em campanha, o mau tempo e os riscos inerentes a sua presença. Acredita poder superar quaisquer desafios. Vai em busca do Poder e este, segundo muitos tratadistas, é emanação do divino.

 

Sinto – por experiência própria – a angústia dos integrantes da comitiva de Eduardo Campos em chegar na hora aprazada ao compromisso assumido. Era preciso pousar. A qualquer custo.

 

Aconteceu o imponderável. O avião, máquina sem alma, não respondeu aos anseios de seus ocupantes. Gerou a tragédia. É mais um grupo de abnegados que, em ação política, perdem a vida.

 

Todos os dias os meios de comunicação, com ou sem razão, criticam e verberaram os atos e as ações dos políticos. Apenas apontam os equívocos, jamais expõem os atos de altruísmo.

 

Um ser político – claro com exceções – abandona todos os confortos da vida material e se submete a uma cobrança diária e exaustiva. Tudo é observado. Todos os seus movimentos são registrados.

 

Um político é pessoa sem privacidade ou momentos de tranqüilidade. É sempre exigido. Chamado a todo o instante a resolver conflitos. Situações controvertidas. Questionamentos.

 

Quando ocupa cargo no Executivo, particularmente no sistema presidencialista, torna-se árbitro das mais extravagantes contendas. Os grandes interesses das corporações ou o singelo conflito entre integrantes de seu gabinete.

 

O político, particularmente em uma democracia, é um abnegado. Não poupa sua própria vida na busca do objetivo de servir à comunidade. Dá-se por inteiro.

 

A busca do Poder é um dos sentimentos mais intenso das pessoas. Atingir o Poder – particularmente o Poder político – leva a pessoa às mais inacreditáveis demonstrações de resistência psicológica.

 

Vencem, por vezes, aqueles que desejam atingir os postos de mando. Outras vezes, retiram-se para o ostracismo. Umas poucas vezes perdem a vida em seu intento.

 

Eduardo Campos – e seus companheiros de viagem – arriscaram tudo para cumprir o compromisso aprazado. Não quis o destino que atingissem o objetivo planejando.

 

Deixam o exemplo e ingressam no rol dos azares políticos que, costumeiramente, acontecem com as lideranças brasileiras. Já foram tantos ceifados pelo inesperado.

 

A tragédia leva a refletir, como Sartre, ceticamente: o homem é uma paixão inútil.


ACABOU O SÉCULO XX

Quando as pessoas pensavam política, sempre dirigiam seus olhares para a Itália e, lá, recolhiam idéias, pensamentos e formas de lutas. Foi assim desde a queda do fascismo.

 

Os jovens dos anos cinqüenta aprenderam a acompanhar o embate ideológico entre a democracia cristã e o Partido Comunista Italiano. Eram repletos de entusiasmo e posições altamente conflitantes.

 

Surgiam, no comunismo italiano, figuras marcantes. Todos se recordam de Gramsci, o ideólogo que, no cárcere, elaborou impressionante obra de análise da sociedade.

 

Os seus Quaderni del carcere foram editados graças à iniciativa de Togliati, então importante figura do socialismo real no Ocidente. A repercussão foi intensa em todo o marxismo europeu e latino-americano.

 

No decorrer do tempo, muitas figuras exemplares, ofereceram posicionamentos novos e análises precisas sobre o desenvolvimento das sociedades contemporâneas.

 

Quem visitasse a Itália, naquele período – anos 40 e 50 – impressionava-se com a presença maciça das sedes do PCI por todo o país e de maneira intensa no norte, particularmente na região da Reggio-Emilia.

 

Gerava uma verdadeira emoção conhecer as livrarias comunistas. Apresentavam obras de todos os autores clássicos do socialismo e, ainda, inúmeras análises de lideranças expressivas.

 

Grande parte da intelectualidade peninsular pertencia aos quadros de esquerda. A sociedade encontrava-se dividida entre dois segmentos e estes dominavam as mentes e geravam conflitos.

 

Foi um período intensamente criativo e cada lado acreditava ser a sua proposta política a utopia que salvaria o mundo. Tempos em que as pessoas acreditavam em suas lideranças.

 

Tudo se esvaiu. Os grandes partidos do após-guerra dissolveram-se. Surgiram agremiações sem linha. Com programas sem profundidade social.

 

Uma geléia real – tal como no Brasil – surgiu no cenário partidário. Ninguém empolga. Nenhuma idéia nova. Todo o pensamento volta-se para o econômico.

 

O econômico não possui alma. Apenas a busca de rendimentos. O vazio ocupou as mentes e o consumismo conquistou às sociedades. Vale o dia que passa. Não interessam as gerações futuras.

 

Neste cenário melancólico, que levas os mais velhos à nostalgia, vem da Itália mais uma notícia amarga. O jornal tradicional dos comunistas italianos, L’ Unità, deixou de circular.

 

Teve um longo percurso – oitenta anos – e agora, neste mês de agosto, anuncia o encerramento de sua publicação. Não resistiu aos tempos novos.

 

Estes tempos de pensamento único. Eles não permitem o pluralismo. Exigem homogeneidade de comportamentos. Todos devem agir no mesmo sentido.

 

Movimentar os mecanismos econômicos sem qualquer ciência de sua essência. A esta só pode ter acesso os iniciados. Estes são poucos. Um grupo privilegiado que não admite contestações.

 

O Século XXI, até o momento, mostra-se medíocre e sem posicionamentos antagônicos. Os poderosos podem matar sem censura. Não há mais oposição.

 

Os jornais críticos desapareceram. Foram engolidos pela voragem capitalista. Adeus a L’Unità,  fundada por Gramsci, em 1924. Acompanhou a sorte dos jornais Hoje, Notícias de Hoje e Luta Operária, seus irmãos brasileiros.

 

Descansem em paz.