MUDAR É PRECISO


Aproxima-se a data das eleições deste ano.

O desencanto é geral.

Poucas vezes, um pleito eleitoral foi aguardado com tão baixa vibração.

Os motivos se multiplicam.

A classe política entrou em decomposição.

Suas lideranças, com raras exceções, se encontram envolvidas em atos de corrupção.

Os partidos políticos já não representam segmentos do pensamento político.

São meras siglas de amealhadores de vantagens financeiras.

Contam com um único objetivo:

Obter maior parcela do fundo público de financiamento.

Tempo de televisão.

Os interesses sociais não importam.

Vale a ganância das oligarquias partidárias.

No passado, já se falou na Lei de Bronze dos partidos.

Esta indica que, com o passar do tempo, grupos dominam o vértice das agremiações.

Tornam-se imutáveis.

Usam os partidos como atividade lucrativa.

Pouco importam as reivindicações populares.

Nada valem os anseios sociais.

Política é negócio. Não atividade pública.

Os assuntos partidários atingiram um grau de indigência moral sem precedentes em nossa História.

Nenhuma grandeza. Nenhum destemor. Sequer um lampejo de respeitabilidade.

Estas observações valem para as agremiações de todos os espectros de pensamento.

Direita, centro e esquerda se equivalem.

As democracias em toda a parte se encontram em crise.

Esta crise tem como ponto central os partidos políticos.

Degeneraram.

Torna-se necessário criar a possibilidade da candidaturas independentes.

Distantes dos monopólio das cúpulas partidárias.

Estas poderiam gerar novas lideranças.

Livres, independentes, autônomas.

Agentes de novas formas de pensar serão úteis no interior da pasmaceira política em que nos encontramos.

Isto só é possível com a liberdade individual levada a extremos.

No interior dos partidos, não se concebe nada novo.

A busca de vantagens pessoais supera o coletivo.

São necessárias novas experiências, se a vontade for preservar à democracia.

Os países que adotaram candidaturas independentes viram rompidas, pelo voto, velhas oligarquias.

Veja-se o exemplo do México.

As candidaturas independentes poderão ser o embrião de novas agremiações.

Preservar o atual quadro, aponta para  dias ainda mais amargos que os atuais.

O resultado do próximo pleito se anuncia.

As mais estapafúrdias alianças se concretizam.

Os eleitos serão os de sempre.

O mais do mesmo.

Uma lástima.

É desconcertante.

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