AMANHÃ, O QUE SERÁ?


EsperançaOs esportes disputados com lealdade terminaram. Volta-se ao jogo político, onde a falsidade é norma e a deselegância regra.

Retorna-se ao juízo político da presidente Dilma processado debaixo do subterfúgio do impeachment.

Como não há, no direito pátrio, juízo político, onde os maus administradores podem ser afastados, optaram os adversários de Dilma pelo impedimento.

Neste deve existir claro crime de responsabilidade e não mera má condução dos negócios públicos.

Mas, em terras tropicais, nem sempre se segue com rigor as disposições constitucionais.

Basta o mais forte querer e acontece.

A semana, portanto, vai ser repleta de expedientes processuais e o fim todos já conhecem.

O impedimento da presidente Dilma assemelha-se inevitável.

É, pois, preciso pensar no dia seguinte, quando a realidade plena chegar.

Esta é amarga.

Encontrará a sociedade exausta, apesar da injeção de ânimo concedida pelas Olimpíadas.

O desemprego continua desesperador. A economia em marcha desacelerada. Em toda a parte um desalento incomum.

Espera-se que algo acontece para melhorar o cenário. Até aqui há um torpor geral. Apenas condenações. Novos processos.

Uma instabilidade que leva a desconforto sem precedentes no passado nacional.

É preciso combater a corrupção.

Claro!

A perda de princípios éticos fere a sociedade que, isto acontecendo, torna-se agressiva e pouco hábil para o convívio sadio.

O excesso de rigor, por seu turno, conduz a estagnação.

Todos perplexos param com temor de continuar.

Este o dilema em que se encontram os brasileiros.

Querem o êxito dos processos instaurados pelo Ministério Público. Temem pela paralisia da economia.

É preciso que as personalidades de Brasília tenham consciência plena das atuais circunstâncias em que se vive aqui em baixo, na planície.

O processo de impedimento vai correr com celeridade. Não parece que irão surgir novos obstáculos.

E depois?

É a indagação de todos que, a distância, mas sensíveis, acompanham os acontecimentos do Senado Federal.

Conta-se com a esperança e esta enorme vontade de sobreviver própria de cada brasileiro, apesar de todas as vicissitudes.

Haja esperança !

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